Foi bem engendrada a atual greve dos Policiais Militares do Estado do Espírito Santo. Muito bem calculada. Puramente política e no momento certo. Um Governo Federal às voltas com a nomeação do Ministro Moreira Franco em crise, o Governador Paulo Hartung internado para uma cirurgia, um Governador interino fraco, sem nenhuma iniciativa, Um Ministro da Defesa inoperante, um Ministro da Justiça mais preocupado em ser aceito no STF e um Procurador que entrou mudo e saiu calado da reunião. Com todos esses ingredientes, estava na hora certa para a tal greve ser deflagrada. Ponto para as Corajosas Mulheres dos Policiais. Corajosas e Sem Noção, diga-se de passagem, pois todos estão carecas de saber, que Militares estão proibidos de fazer greve, branca ou em cores, mas proibidos. Essa história de colocar mulheres nas portas dos Batalhões é conversa para boi dormir, pois se os Soldados quisessem, já estariam patrulhando as ruas. Não seriam simples mulheres que os impediriam, pois em outras vezes, eles já se defrontaram com o povo revoltado, e o enfrentaram com balas de borracha, gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e outros mil artefatos. Enquanto a Justiça não agir com severidade e retirar as mulheres das portas dos Batalhões, esta situação há de perdurar até que haja uma iniciativa popular de fazer esse serviço por eles. E fim da greve, que já perdura por tempo demais.
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