Pobre José da Silva. Um bandido pé de chinelo. Não prestava nem para roubar. A cada crime cometido, era preso e mandado para Casa de Correção. Ao adquirir a maioridade, continuou a praticar pequenos delitos, pois sua companheira adolescente ficara grávida e necessitava de cuidados médicos. Já estava quase na hora do bebê nascer, quando foi preso novamente, por roubar um celular. Com a Delegacia superlotada, foi mandado para uma Penitenciária no interior do Estado, que também sofria com a superlotação. Ao chegar, ainda sem ter o seu caso julgado, teve que optar por uma das duas Facções criminosas que dominavam o Presídio. Não havia coluna do meio. A opção era Facção A ou Facção B. Ele escolhera a opção B, por acaso. Acaso que lhe custou a vida. Sua breve vida de crimes, terminaria naquela noite. Uma revolta entre os detentos e venceu a Facção A. Resultado fatídico: Todos os presos da outra Facção pagariam com a vida. Ele, José da Silva, sonhando com a chegada do primeiro filho, que não chegou a conhecer. Naquela noite, cabeças rolaram, e a sua estava entre elas. Seu filho nasceria sem pai, que por um golpe do destino, fizera escolhas erradas, estava no lugar errado e na hora errada. Provavelmente sua companheira receberia uma pequena indenização, após provar a paternidade de seu filho. Vida, delinqüência e morte de mais um brasileiro, abandonado pela sorte, provando que o crime não compensa. Vida dura que segue!
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