Ninguém sabe ao certo, se o resultado do julgamento do STF foi uma vitória ou uma derrota para o Senador Renan Calheiros. Seu mandato é intocável, por enquanto, e ele continua com a Presidência da Casa, mas sai da linha sucessória da Presidência da República. Isso é ruim. Seria o mesmo que tirar as botas do “Gato de Botas” ou tirar o “Trono” da Rainha da Inglaterra, que reina mas não governa. Humilhação total. Um Presidente do Senado que jamais substituirá o Presidente em sua vacância do cargo, pelos atos criminosos cometidos no passado. Tudo isso minimizado por ele, que diz só restar oito dias de fato para seu “reinado”. Poderiam faltar oito ou oitocentos dias, que o resultado prático seria o mesmo. É a velha história de “dois pesos e duas medidas”. Para tirar o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, as regras foram outras. O STF também deu um péssimo exemplo, ao não acompanhar o Relator, Ministro Marco Aurélio Mello. O Decano, Ministro Celso de Mello, em vez de afastar o Senador do cargo – como recomendou o Ministro Marco Aurélio -, apenas o excluiu da linha sucessória, impedindo-o de assumir a Chefia do executivo em caso de ausência do titular. Os Ministros apenas condenaram o Senador Renan Calheiros, por este não ter assinado a notificação: “Dar as costas a um Oficial da Justiça, como fez o Presidente do Senado, é dar as costas ao Poder Judiciário. Ordem Judicial há de ser cumprida”. O Presidente Michel Temer considerou o resultado do Julgamento, uma grande vitória do Governo, e soltou fogos, comemorando o feito. Durma-se com um barulho desses!!!
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